1 Jital - Spalapati Deva

As dinastias Shahi governaram partes do Vale de Cabul (no leste do Afeganistão) e a antiga província de Gandhara (nordeste do Afeganistão, norte do Paquistão e noroeste da Índia), conhecida como Cabul-shahan, com capitais gémeas em Kapisa e Kabu, desde o fim do Império Kushan, no século III d.C., até ao início do século IX. O termo Shahi era um título real popular no Afeganistão, utilizado em várias épocas pelos Aqueménidas, Bactrianos, Sakas, governantes Kushan e Hunos (Heftalitas), bem como pelos governantes Shahi de Kapisa/Kabul dos séculos VI a VIII. Os historiadores dividem o período Shahi de Cabul/Gandhara em duas épocas: a chamada Turco-Shahis budista (antes de cerca de 870 d.C.) e a chamada Hindu-Shahis (depois de 870 d.C.). A principal cunhagem Shahi consistia em emissões de prata de Spalapati Deva cunhadas na capital Cabul (c. 800-870 d.C.) e de Samanta Deva, quando Ohind se tornou capital (870-1026 d.C.). As moedas dos príncipes vulgarmente designados por "Reis Hindus de Cabul" [876 a 1013 d.C.], embora há muito conhecidas dos numismatas e extremamente comuns no Afeganistão, no Panjab e em todo o Norte da Índia, apresentam um quebra-cabeças, ou melhor, uma série de quebra-cabeças. Apresentam-se em três tipos, nomeadamente "touro e cavaleiro", "elefante e leão" e "leão e pavão". As moedas de "elefante e leão" pertencem a três reinados, nomeadamente, Sri Padama, Sri Vakka-deva e Sri Samanta-deva, e só existem em cobre. A ordenação correta dos vários reis é extremamente difícil.